O que é a Lion’s Mane e qual o seu interesse para a micoterapia?
O Lion’s Mane é um cogumelo medicinal disponível online, conhecido pelos seus efeitos neuroprotectores. É também conhecido pelas suas propriedades digestivas.
Originário do hemisfério norte, o Hericium erinaceus cresce em madeiras duras e pode ser reconhecido pela sua aparência de juba de leão. As tradições asiáticas utilizam-na há séculos para melhorar o equilíbrio digestivo e a concentração. O seu interesse moderno reside na presença de compostos únicos capazes de atuar no sistema nervoso.
Será que a Lion’s Mane melhora realmente a cognição e o equilíbrio emocional?
Sim, estimula os factores de crescimento NGF e BDNF e contribui para a clareza mental. Ajuda igualmente a reduzir o stress.
As hericenonas e as erinacinas apoiam o crescimento neuronal e promovem a plasticidade cerebral. As erinacinas têm a rara vantagem de atravessar a barreira hemato-encefálica, o que faz delas um dos nutracêuticos mais promissores para o cérebro. Estudos recentes (2023-2025) mostram benefícios nos défices cognitivos relacionados com a idade, no nevoeiro mental e na recuperação dos nervos.
No plano emocional, a Lion’s Mane actua como um adaptogénio. Ao contrário dos estimulantes, acalma o sistema nervoso, propicia um sono reparador e reduz os sintomas de ansiedade. Os estudos apontam igualmente para um papel potencial na modulação da inflamação cerebral.
Como é que a Lion’s Mane afecta a digestão e o microbiota?
Protege a mucosa gástrica e nutre o microbiota. Ajuda igualmente a modular o eixo intestino-cérebro.
De facto, a juba de leão é tradicionalmente utilizada para tratar perturbações digestivas e continua a ser estudada pela sua ação contra a Helicobacter pylori, a bactéria implicada nas úlceras e nas gastrites. De facto, os seus polissacáridos desempenham um papel prebiótico: reforçam a imunidade intestinal e favorecem o equilíbrio emocional, influenciando a comunicação intestino-cérebro. Esta sinergia explica a importância crescente da Lion’s Mane nas abordagens holísticas do bem-estar.
Que compostos activos explicam os efeitos da Lion’s Mane?
A juba de leão contém pericenonas, erinacinas e beta-glucanos. Estes compostos estruturam os seus efeitos neurológicos, digestivos e imunitários.
| Composto ativo | Localização | Ação principal |
|---|---|---|
| Pericenonas | Capa (carpóforo) | Estimulação do NGF, neuroprotecção |
| Erinacinas | Micélio | Regeneração neuronal, passagem da BHE |
| Polissacáridos (Beta-glucanos) | Cogumelo inteiro | Prebiótico, proteção gástrica, imunidade |
conselho dos especialistas: optar por complementos que combinem micélio e carpóforo para beneficiar das duas famílias de compostos.
Como escolher um suplemento eficaz de Lion’s Mane?
Escolha um extrato normalizado que combine micélio e corpo de frutificação. Verifique também se o teor mínimo de beta-glucano é de 20%.
Um bom complemento, tal como um extrato de micoterapia de qualidade, utiliza a extração com água quente ou a dupla extração (água-álcool). A origem controlada (Ásia ou Europa de Leste certificadas) garante uma melhor rastreabilidade.
O Lion’s Mane tem alguma contraindicação?
É bem tolerada, mas pode causar algum desconforto digestivo.
Não é recomendado em casos de alergia a cogumelos, nem durante a gravidez ou o aleitamento. Se estiver a tomar medicamentos neuroactivos (antidepressivos, neurolépticos), consulte um médico.
FAQ sobre a Lion’s Mane
- O Lion’s Mane pode ser tomado todos os dias?
- Sim, num tratamento de 4 a 12 semanas, dependendo dos seus objectivos.
- Quando devo tomá-lo?
- De manhã ou ao meio-dia para otimizar os seus efeitos cognitivos.
- É compatível com os probióticos?
- Sim, as suas acções são complementares graças ao efeito prebiótico da Lion’s Mane.
- Qual é a forma mais eficaz?
- Os extractos concentrados em cápsulas são geralmente os mais eficazes.



