O que é um óleo essencial de quimiotipo ou HECT em Aromaterapia?
Após uma evolução gradual das pesquisas, a aromaterapia moderna atingiu sua maturidade em 1980, quando os bioquímicos isolaram os princípios ativos das moléculas. O Dr. Pierre Franchomme, com o conceito de quimiotipo, ajudou a melhorar a identificação dos princípios ativos nos extratos utilizados. Desse ponto em diante, a ciência redobrou suas investigações na ciência das plantas.
O que é um quimiotipo?
O quimiotipo de um óleo essencial (H.E) é de fato definido pelo nível da molécula mais presente em um óleo essencial. É fundamental conhecer o conceito de “quimiotipo” também denominado quimiotipo. De raça bioquímica definida, assim que abordamos a aromaterapia. Essa precisão dada ao óleo essencial, em última análise, torna possível definir a molécula ou moléculas que são bioquimicamente ativas em um determinado número de patologias clinicamente estudadas.
Um exemplo entre muitos outros, no entanto, nos permitirá ilustrar essa noção fundamental fornecida por Pierre Franchomme:
O TOMILHO é uma planta amplamente utilizada pelas propriedades terapêuticas de seu óleo essencial. Claro, existem vários biótopos onde esta espécie de planta se desenvolve facilmente.
- 1º quimiotipo:
Tomilho timol: timol Thymus vulgaris CT (este H.E contém cerca de 40% de timol, o que define seu quimiotipo)
- 2º quimiotipo:
Tomilho thujanol: Thymus vulgaris CT thujanol (contém cerca de 50% de thujanol, que define seu quimiotipo)
- 3º quimiotipo:
Tomilho linalol: Thymus vulgaris CT linalol (contém cerca de 60% de linalol, que define seu quimiotipo)
Uma molécula geralmente só é levada em consideração em um H.E se exceder 10%.
Reconhecida internacionalmente e amplamente utilizada em publicações científicas e acadêmicas, a precisão do quimiotipo de um óleo essencial, associada ao nome científico latino, permite, portanto, o perfeito entendimento do modo de ação dos óleos essenciais que levará ao uso de um medicamento , aromaterapia, natural, poderoso e eficaz. Essa identificação permite, antes de tudo, saber o nível de qualidade de um óleo essencial. Se na embalagem deste esta informação não constar, é muito provável que a qualidade deste óleo essencial seja medíocre.
A demonstração do quimiotipo:
O quimiotipo utilizado na aromaterapia permite identificar dentro de uma mesma espécie variações químicas de metabólitos secundários devidas, em particular, a fatores ambientais (altitude, insolação, temperatura, umidade, etc.). Assim, a gasolina produzida por duas plantas da mesma espécie, apesar de seu genótipo e morfologia muito semelhantes, pode apresentar grandes variações na composição química. É, portanto, um conceito muito importante na aromaterapia.
Uma planta aromática fornecerá, portanto, óleos essenciais totalmente diferentes, dependendo de onde são colhidos ou de onde vêm. Bioquimicamente diferentes, dois quimiotipos apresentarão não apenas atividades terapêuticas diferentes, mas também toxicidades muito variáveis.
Você pode extrair uma essência de qualquer órgão assim que ele tiver as estruturas para produzi-la. Assim, muitos EOs vêm de flores, folhas, sementes, frutos, rizomas, etc. A mesma planta do mesmo biótopo será capaz de sintetizar essências com composições e odores muito diferentes dependendo do órgão produtor em questão.
O exemplo mais conhecido é o da laranjeira amarga da qual podemos extrair 3 H.E. As folhas darão o EO de petit grain bigarade, as flores darão o EO de neroli, enquanto a casca da fruta dará a essência de casca de laranja amarga.
O que significa o termo HECT?
É imprescindível o uso de óleos essenciais de qualidade, 100% puros e naturais, de origem e quimiotipo controlados, não sem terpenos, com o nome HEBBD (que significa que o Óleo Essencial é Botanicamente e Bioquimicamente Definido). Outros laboratórios utilizam o rótulo HECT, semelhante ao do HEBBD, que significa Óleo Essencial Quimiotipado e que também é uma garantia da qualidade dos óleos essenciais do ponto de vista botânico e bioquímico.
O desconhecimento deste conceito capital e a imprecisão deixam a porta aberta para falhas terapêuticas, mas sobretudo, para a toxicidade de certos óleos essenciais. Assim, diante do poder terapêutico dos HECTs, um estudo baseado não só no conhecimento, mas também na experiência, permite uma utilização ótima de uma medicina natural de choque para o terceiro milênio.
Alguns laboratórios cercados de expertise entenderam isso bem. Eles implantam métodos de análise caros e sofisticados para garantir uma qualidade consistente, reproduzível e sem falhas. Todos os laboratórios especializados em aromaterapia, que distribuem óleos essenciais nas farmácias, são obrigados pelas autoridades francesas a fornecer um certificado de análise para cada lote comercializado.
Todos os óleos essenciais distribuídos na rede de farmácias, ou seja, nas farmácias, são analisados e quimiotipados por um laboratório independente, que emite um certificado de análise. Este último deve, de fato, poder ser consultado a pedido, para uma ótima transparência entre o distribuidor (farmacêutico) e o cliente (paciente).
As principais famílias bioquímicas de óleos essenciais em Aromaterapia:
- ÁLCOOL MONOTERPÊNICOS (Monoterpenóis):
(Linalol, mentol, citronelol, geraniol, tujanol-4, terpineol, borneol, terpineno-4-ol, nerol, etc.)
- ÁLCOOL SESQUITERPÊNICOS (Sesquiterpenóis):
(Carotol, viridiflorol, farnesol, cedrol, bisabolol, patchoulol, santalol, eudesmol, globulol, nerolidol, esclareol, etc.)
- ÓXIDOS:
(1,8 cineol, ascaridol, linaloolóxido, piperitonóxido, bisabololóxido, mentofurano, ascaridiol, etc.)
- HIDROCARBONETOS MONOTERPÊNICOS (Monoterpenos):
(α-pineno, limoneno, gama-terpineno, delta-3-careno, β-pineno, canfeno, α-terpineno, paracimeno, etc.)
- HIDROCARBONETOS SESQUITERPÊNICOS (Sesquiterpenos):
(Humuleno, chamazuleno, zingibereno, azuleno, longifoleno, cedreno, himachaleno, cariofileno, curcumeno, germacreno, α-farneseno, etc.)
- FENÓIS:
(Timol, carvacrol, eugenol, guaiacol, etc.)
- ALDEÍDIOS AROMÁTICOS:
(Cinamaldeído, benzaldeído, cuminaldeído, etc.)
- ALDEÍDIOS TERPÊNICOS:
(Citronelal, geranial, neral, etc.)
- ESTERES:
(Acetato de bornila, acetato de geranila, acetato de linalila, acetato de mentila, acetato de nerila, salicilato de metila, acetato de benzila, acetato de eugenila, acetato de terpenila, acetato de mirenila, acetato de florila, anjo de isobutila, anjo de petasila, tiglato de citronelila, isovalerato de linalila, isovalerato de bornila benzoato, metil metilantranilato, metil cinamato, metil methroxiantranilato, etc.)
- ETHERS (éteres metílicos de fenóis):
(Trans e cis-anetol, metil-chavicol, metil-eugenol, dietilestilbestrol, β-arasona, etc.)
- CETONAS:
(Carvona, mentona, verbenona, cânfora, tujona, tagetona, piperitona, pulegona, carvona D e L, acetona, metil-n-nonil cetona, italidiona, artemísia cetona, criptona, frenchona, borneona, pinocamfona, pinocarvona, germacroma, α e β-atlantona, davanona, germacrona, α e β-vetivona, aril-tumorona, diosfenona, etc.)
- LACTONS:
(Alantolactona, artemisinina, massoïa lactona, partenolida, etc.)
- COUMARINAS:
(Angelicina, umbeliferona, herniarina, imperatorina, escopoletol, psoraleno, bergapteno, 1,2 benzopireno, visnadina, limetina, umbelliprenina, etc.)
- FTALIDES:
(3-n-butilftalida, ligustilida, sedanólida, etc.)
Arnaud C. (Doutor em Farmácia)