A utilização de fitoterápicos na pielonefrite

Explorar o tratamento da pielonefrite através de remédios naturais e descobertas científicas, este artigo oferece uma abordagem holística a esta complexa infeção do trato urinário. Deciframos os sintomas, as causas e apresentamos soluções inovadoras, combinando a sabedoria da medicina natural e os avanços da investigação médica, para um tratamento eficaz eficaz da pielonefrite.

Pielonefrite

A pielonefrite aguda é uma infeção bacteriana dos rins e do ureter (canal entre o rim e a bexiga). Geralmente causada pela bactéria Escherichia coli, requer um tratamento rápido, especialmente para pessoas em risco, como as mulheres grávidas. É frequentemente o resultado de uma cistite aguda.

É uma forma deinfeção do trato urinário superior. A pielonefrite limita-se, na maioria das vezes, a um único rim e ao ureter associado. A Escherichia Coli é responsável por 75-90% das infecções do trato urinário, sendo os outros germes envolvidos menos frequentemente.

A pielonefrite é denominadaaguda porque, normalmente, resolve-se em poucos dias com tratamento antibiótico. É mais frequente nas mulheres do que nos homens, sobretudo durante a gravidez. A presença de malformações do trato urinário também aumenta o risco desta infeção.

O que é a pielonefrite?

Pielico é o adjetivo que se refere à pélvis. A pielonefrite é umainfeção inflamatória aguda ou crónica do revestimento da pélvis. Trata-se de uma doença relativamente grave, sobretudo porque se deve frequentemente à presença da bactéria E. coli. Pode também propagar-se a todo o rim (pielonefrite) ou à bexiga (pielocistite). Os urologistas distinguem várias formas de pielite.

A pielite calculosa, que é bastante comum, é causada por um cálculo na pélvis renal. As outras formas de pielite são designadas de acordo com a origem da infeção. Por exemplo, a pielite ascendente ou urogenética é causada por infecções do trato inferior. Estas começam frequentemente na uretra ou na bexiga. A pielite hematogénica é transmitida através do sangue. Neste caso, trata-se frequentemente de uma pielonefrite.

Se não for tratada adequadamente, a infeção pode ter consequências graves para o rim e afetar outros órgãos. As recidivas são possíveis e devem ser investigadas para detetar anomalias nos rins ou no trato urinário. A ingestão de muitos líquidos é uma forma de as prevenir.

Quais são os principais sintomas da pielonefrite?

No caso de umainfeção renal em adultosjovens, esta é frequentemente precedida por uma cistite, que não é muito evidente. Os sintomas da infeção renal aparecem subitamente: febre superior a 38,5°C, arrepios e mal-estar geral. Pode também haver dor lombar ou abdominal num dos lados, agravada pela palpação. Podem também ocorrer problemas digestivos, como náuseas, vómitos e diarreia. No caso da pielonefrite nos idosos, os sintomas são frequentemente diferentes e mais enganadores, incluindo confusão, dor abdominal e, por vezes, ausência de febre.

No caso de uma pielonefrite aguda grave, os sinais de gravidade, como a perda de consciência e a fraqueza extrema, justificam uma hospitalização de urgência. Nas crianças pequenas, os sintomas da pielonefrite podem ser enganadores, indo desde uma febre inexplicável a choro ao urinar, micção anormal, perda de apetite, alterações de humor, irritabilidade e até perda de peso. Para diagnosticar a doença, o médico começa por fazer um teste com uma vareta. Se for positivo, é efectuado um exame citobacteriológico da urina (ECBU) para identificar a bactéria e a sua sensibilidade aos antibióticos.

Disúria

A disúria, também conhecida como dificuldade em urinar, é uma condição frequentemente encontrada nos homens. Caracteriza-se por uma série de sintomas: atraso na emissão de urina, jato de urina fraco e por vezes vertical e retenção de urina no final da micção, provocando jactos sucessivos ou um gotejamento. A disúria dolorosa ou embaraçosa está frequentemente associada a uma sensação de ardor intenso. Pode ser acompanhada de dores na bexiga ou no períneo. Embora extremamente comum nas mulheres, a disúria pode afetar os homens e pode ocorrer em qualquer idade.

A disúria resulta da irritação da bexiga ou da uretra, frequentemente devido a inflamação ou estenose da uretra. Manifesta-se por dificuldade em iniciar a micção e uma sensação de ardor. A irritação da bexiga leva a contracções dolorosas e frequentes. É geralmente causada por uma infeção do trato urinário inferior, mas também pode resultar de uma infeção do trato urinário superior.

Nas mulheres, as lesões perineais podem ser dolorosas em caso de infeção do trato urinário. As causas comuns incluem a cistite, a uretrite devida a uma infeção sexualmente transmissível e o efeito de alimentos ou bebidas irritantes, como o álcool, a cafeína e os citrinos.

É feita uma distinção entre disúria de espera, que ocorre no início da micção, e disúria de urgência, que por vezes ocorre no final da micção. Pode ser acompanhada de uma diminuição da força do jato, de uma micção mais longa e da sensação de bexiga não vazia no final da micção.

A disúria induz alterações na bexiga para compensar o obstáculo. A bexiga de esforço é a primeira fase, em que o músculo da bexiga se contrai mais do que o normal. Segue-se a fase do divertículo, em que a bexiga, incapaz de resistir, forma divertículos. A fase final é a distensão, em que a bexiga, incapaz de ultrapassar o obstáculo, se distende.

As váriascausas incluem a endometriose nas mulheres, o cancro da bexiga ou da próstata nos homens, infecções do trato urinário e perturbações neurológicas. A disúria pode levar à distensão da bexiga, à retenção aguda de urina, à hidronefrose, à infeção do trato urinário e à insuficiência renal crónica.

Polaciúria

Trata-se de umaumento anormal do número de micções. A polaciúria é uma forma de urgência urinária, em que o doente sente uma vontade irreprimível de urinar várias vezes por dia. Por vezes, é o detrusor (um conjunto de fibras musculares longitudinais na bexiga que actuam como um único músculo para contrair a bexiga) que se contrai independentemente da vontade do doente.

Esta forma de incontinência é mais frequente em mulheres, crianças e pessoas muito idosas. A polaciúria também pode ser causada por um adenoma prostático, um aumento ou tumor da próstata, ou litíase uretral, que reduzem o lúmen da uretra. A urina passa com dificuldade e a bexiga deixa de se esvaziar normalmente. Em função da localização destas micções num ciclo de 24 horas, os urologistas distinguem a polaciúria diurna, quando o doente está “sossegado” durante a noite (uma ou nenhuma micção nocturna), a polaciúria nocturna, quando estas numerosas micções só ocorrem durante a noite (3 a 4 vezes durante o dia, números considerados normais) ou a polaciúria permanente, que é mais grave porque não pára. Nalgumas formas graves, os doentes são obrigados a urinar (pequenas quantidades) de 15 em 15 minutos.

A micção normal ocorre quando a bexiga está suficientemente cheia, permitindo a eliminação voluntária, indolor e completa de cerca de 350 ml de urina, geralmente a cada 3-4 horas. Para as pessoas com mais de 60 anos, é normal levantarem-se uma vez por noite.

A polaciúria pode resultar de doenças que afectam a bexiga, os ureteres, os rins ou os órgãos vizinhos, ou da gravidez. Pode também estar ligada a factores psicológicos, como o stress ou a ansiedade.

Piúria

A piúria é o termo médico que designa a presença de pus na urina, indicando frequentemente uma infeção bacteriana do trato urinário. O resultado é uma urina turva, com mau cheiro ou descolorada e a presença de um grande número de leucócitos (glóbulos brancos).

É crucial consultar um médico para um diagnóstico exato e um tratamento adequado, uma vez que a piúria pode indicar uma variedade de patologias urinárias, como cistite, pielonefrite,uretrite ou prostatite.

A piúria estéril, em que não são detectados germes, pode resultar de determinadas doenças ou dos efeitos secundários de medicamentos. É mais frequente nas mulheres e nas pessoas hospitalizadas.

Os factores de risco incluem a diabetes, a SIDA, uma história de infeção do trato urinário ou a presença de corpos estranhos no trato urinário. Os sintomas associados dependem da doença subjacente e podem incluir micção frequente ou dolorosa e, por vezes, febre ou dores nas costas.

O diagnóstico é feito através de uma análise à urina e pode exigir mais investigação. O tratamento varia consoante a causa, podendo ir desdeantibióticos a outras intervenções médicas, se necessário.

Febre e arrepios

A febre, ou pirexia, é o aumento controlado da temperatura corporal acima do normal. Nos endotérmicos (mamíferos e aves), este aumento da temperatura é uma resposta dohipotálamo a substâncias pirogénicas, frequentemente libertadas pelos macrófagos durante as reacções inflamatórias.

No homem, a febre reforça o sistema imunitário e inibe o crescimento de microrganismos patogénicos. Ocorre em três fases: aumento do calor, planalto de hipertermia e defervescência. Uma temperatura rectal em repouso superior a 38,0°C nas crianças e 37,2 a 37,5°C nos adultos indica geralmente febre. As temperaturas moderadas entre 37,7 e 37,9°C são designadas por febris.

Os animais ectotérmicos podem induzir febre comportamental deslocando-se para zonas mais quentes.

A medição da temperatura corporal pode variar consoante o método e o local de medição (bucal, rectal, axilar, timpânico). São necessários ajustamentos para as medições bucais e axilares.

A manutenção da homeotermia é regulada pelo hipotálamo, que recebe informações dos termorreceptores periféricos e do sangue. A febre resulta de uma modificação deste termóstato por pirogénios, que podem ser exógenos (micróbios) ou endógenos (citocinas).

A febre é frequentemente um sinal de infeção, mas pode também indicar outras patologias. É necessário um diagnóstico médico para determinar a sua origem e gravidade. A febre pode ser tratada com medidas físicas ou medicamentos antipiréticos. No entanto, deve consultar um médico se a febre apresentar características invulgares ou sinais de gravidade.

Dor lombar unilateral

As dores lombares e cer vicais são comuns e podem resultar de perturbações do sistema músculo-esquelético, bem como de causas não músculo-esqueléticas.

Estas últimas incluem perturbações renais, como cálculos renais, perturbações ginecológicas, como a síndrome pré-menstrual, infecções do trato urinário e problemas do trato digestivo, como a diverticulite. As doenças das artérias principais, como os aneurismas da aorta abdominal, também podem provocar dores nas costas.

Outras causas menos comuns, mas significativas, incluem infecções e tumores da coluna vertebral, doenças inflamatórias no retroperitoneu ou doenças como a polimiosite.

As dores nos r ins manifestam-se de forma diferente das dores nas costas e são frequentemente acompanhadas de sintomas específicos. A pielonefrite e os cálculos renais provocam dores fortes na região lombar, com sintomas distintos como febre, náuseas e alterações urinárias.

As dores nas costas variam em função da sua localização (cervical, dorsal, lombar) e da sua natureza (aguda, crónica, inflamatória ou mecânica). O reconhecimento destes sintomas é fundamental para um tratamento adequado.

Em caso de dores recorrentes nas costas ou nos rins, é essencial consultar um médico para um diagnóstico preciso, a fim de identificar a causa exacta e evitar qualquer risco de recorrência.

Náuseas e vómitos

As náuseas e os vómitos acompanham frequentemente doenças benignas como a gastroenterite, a enxaqueca, as reacções adversas a medicamentos ou o enjoo. No entanto, também podem ser sinais de alerta de doenças mais graves, como a meningite ou a obstrução intestinal, sobretudo quando acompanhadas de outros sintomas.

A náusea é uma sensação desagradável no estômago e na garganta, enquanto o vómito é a expulsão do conteúdo do estômago pela boca, um mecanismo de defesa do organismo. Estes sintomas podem ser acompanhados por um ritmo cardíaco acelerado, suores frios, palidez,hipersalivação, mal-estar, dores abdominais ou diarreia.

Os vómitos crónicos duram mais de 7 dias. O mecanismo do vómito envolve várias etapas, coordenadas por um centro nervoso no cérebro, e pode ser estimulado por informações nervosas provenientes do tubo digestivo ou do ouvido interno, ou por informações cerebrais.

As náuseas e os vómitos episódicos podem ocorrer em caso de gastroenterite, medicação, excesso de álcool, indigestão, desconforto vagal ou durante uma viagem de automóvel. Podem também ocorrer durante enxaquecas, ataques de cólicas, alergias alimentares, doença de Ménière ou após anestesia.

Os vómitos podem também indicar uma emergência médica, como apendicite, colecistite aguda, pielonefrite, envenenamento, enfarte do miocárdio ou obstrução intestinal. Certos medicamentos são frequentemente responsáveis por vómitos, como os antimitóticos, certos antibióticos e vários outros medicamentos.

Os vómitos crónicos podem estar ligados à gravidez, à anorexia e à bulimia, à ansiedade, a uma intoxicação crónica ou a uma intolerância alimentar. Na presença de sintomas associados, podem ser consideradas outras causas mais raras, como obstruções digestivas, doenças crónicas, cancro ou hipertensão intracraniana.

Fadiga

A astenia, mais vulgarmente conhecida por fadiga, é um sintoma frequente e torna-se preocupante quando persiste apesar do repouso e do sono. Pode ser temporária e reactiva, ocorrendo após um excesso de trabalho ou uma breve infeção, ou duradoura, associada a uma doença crónica ou a um sofrimento psicológico.

A fadiga normal desaparece com o repouso, enquantoa astenia é uma fadiga anormal que persiste mesmo após o repouso. Caracteriza-se por uma incapacidade de realizar as actividades quotidianas, acompanhada de lassidão, fraqueza, ineficácia intelectual, esgotamento e uma sensação constante de “esgotamento”. Se estes sintomas se prolongarem por mais de seis meses, fala-se deastenia crónica.

A fadiga é uma queixa comum, sendo que 10 a 25% dos doentes em clínica geral referem uma fadiga constante. As mulheres são mais frequentemente afectadas.

A fadiga reacional é temporária e deve-se à falta de sono, a perturbações da vida, ao stress, à inatividade profissional ou ao excesso de trabalho. O excesso de tempo de ecrã também pode causar fadiga.

Certas condições médicas podem causar fadiga, incluindo doenças infecciosas agudas ou crónicas, cirurgia,anemia, doenças endócrinas, doenças auto-imunes, doenças neurológicas e musculares, cancro, doenças crónicas e perturbações do sono.

Os medicamentos, as drogas, o álcool, o envenenamento por chumbo ou monóxido de carbono também podem causar fadiga.

A síndrome da fadiga crónica é uma doença de início súbito em adultos activos, com sintomas que persistem durante mais de seis meses, incluindo astenia permanente, dores musculares e articulares, problemas de memória e de concentração e sintomas infecciosos. Tem um impacto significativo na vida social e profissional.

Alguns conselhos naturopáticos para evitar a pielonefrite

Para evitar as infecções do trato urinário inferior ou cistite, é essencial adotar medidas preventivas e tomar certas medidas em caso de recorrência. Em primeiro lugar, há quatro momentos em que as infecções são particularmente susceptíveis de ocorrer: durante o tempo quente, durante as viagens, em viagens organizadas e nos aviões, onde a desidratação pode ser um problema. Por conseguinte, recomendamos beber o suficienteem particular um litro de água por cada 30 kg de peso corporal por dia, ir à casa de banho sempre que tiver vontade, fazer pausas para ir à casa de banho antes de sair e usar roupa de algodão confortável.

No que diz respeito à higiene íntima, a utilização de um sabão suave, uma higiene cuidadosa após cada ato sexual, a substituição frequente dos tampões durante a menstruação e uma dieta rica em fibras são boas práticas diárias. O objetivo é reduzir ao mínimo a presença de bactérias nocivas. É também crucial urinar assim que sentir necessidade, limpar-se da frente para trás depois de ir à casa de banho, evitar duches vaginais e produtos perfumados e optar por roupa interior de algodão.

Em caso de cistite recorrente, pode ser necessário tomar medidas complementares, como a correção das anomalias do aparelho urinário, o tratamento do prolapso genitourinário ou a correção da incontinência urinária. Além disso, deve ser prestada especial atenção às pessoas com risco de complicações, nomeadamente as pessoas com anomalias do aparelho urinário, os homens, as mulheres grávidas, os idosos, os imunocomprometidos ou as pessoas que sofrem de doença renal crónica. Estas precauções e intervenções destinam-se a reduzir o risco de infeção e a melhorar a qualidade de vida.

Conselhos naturopáticos para a pielonefrite

No tratamento da pielonefrite aguda, uma doença geralmente causada pela bactéria Escherichia coli, é importante combinar abordagens naturopáticas e convencionais. Por um lado, os conselhos naturopáticos sugerem beber muita água, evitar alimentos excessivamente acidificantes, vitamina C, chá e café, e tomar aspirina. Estas medidas visam aliviar a carga do trato urinário e manter um ambiente menos propício ao crescimento bacteriano.

Por outro lado, o tratamento convencional da pielonefrite aguda baseia-se na utilização de antibióticos. Este tratamento é indispensável para combater eficazmente a infeção. A partir do momento em que é recolhida uma amostra de urina para um exame citobacteriológico urinário (ECBU), são prescritos antibióticos sem esperar pelos resultados. O médico pode ajustar o tratamento em função dos resultados da ECBU e do antibiograma, para atacar especificamente o germe responsável.

A duração do tratamento com antibióticos é variável. Geralmente, dura 7 a 10 dias para as formas simples de pielonefrite. No entanto, pode ser prolongada até 10 dias se houver risco de complicações. O acompanhamento médico é indispensável para garantir a eficácia do tratamento, com uma reavaliação após 48 a 72 horas. Se os sintomas desaparecerem completamente, geralmente não é necessário efetuar uma ECBU de seguimento.

A maioria dos doentes com pielonefrite aguda é tratada em casa, frequentemente com medicação oral. Nalguns casos, sobretudo quando há sintomas preocupantes, potenciais complicações ou malformações do trato urinário, pode ser necessária a hospitalização.

Regra geral, a pielonefrite aguda simples responde bem ao tratamento e recupera. No entanto, existe o risco de complicações, como a sépsis ou o abcesso renal, que exigem uma hospitalização urgente. Por conseguinte, é essencial seguir à letra as recomendações médicas e estar atento à evolução dos sintomas.

A pielonefrite e a fitoterapia

A fitoterapia pode ser utilizada para tratar a pielonefrite, uma infeção renal geralmente causada por bactérias. É importante notar que a fitoterapia não substitui o tratamento médico convencional, nomeadamente a utilização de antibióticos, mas pode ser utilizada para ajudar a aliviar certos sintomas e promover a cura.

Gemas

A gemoterapia é uma abordagem à fitoterapia que se centra na utilização de botões de plantas e rebentos jovens pelas suas propriedades terapêuticas. Estas partes da planta são ricas em nutrientes, enzimas e ingredientes activos, o que as torna particularmente benéficas para a saúde. A gemoterapia é geralmente considerada como uma abordagem segura. No entanto, isso não o isenta de seguir as recomendações de um profissional de saúde qualificado para determinar os extractos de botões e as dosagens adequadas para cada indivíduo.

Gema de silva

A silva, tomada em associação com Fagus sylvaticaesta sinergia actua na nefrite intersticial crónica após pielonefrite.

A silva, conhecida pelo seu nome científico “Rubus fruticosus”, é um arbusto espinhoso da família das Rosáceas. O seu fruto, a amora, distingue-se da amoreira da família das Moraceae. Em gemoterapia, o macerado de botões de silva é utilizado pelos seus benefícios para vários sistemas do organismo.

Em primeiro lugar, actua na esfera osteo-articular, reforçando os ossos e ajudando a curar as fracturas. É igualmente benéfico para as pessoas que sofrem de osteoporose, de osteoartrite e de outras afecções articulares.

A silva actua igualmente no sistema respiratório, nomeadamente em caso de bronquite ou enfisema, ajudando a desobstruir os pulmões.

Além disso, este macerado de botões tem um ligeiro efeito estrogénico, o que o torna uma escolha adequada para acompanhar a menopausa e no caso de miomas uterinos.

As doses recomendadas variam consoante a idade e a situação. Para os adultos e adolescentes, a dose recomendada é de 5 a 15 gotas por dia num copo de água, divididas em 1 a 3 doses durante um período de 3 semanas. As crianças com mais de 3 anos podem tomar 1 gota por dia por cada 10 kg, aumentando gradualmente.

Para além de outras abordagens terapêuticas, pode ser utilizada a gemoterapia à base de macerado de botões de silva. Deve seguir o conselho de um profissional de saúde e não exceder a dose diária recomendada. Este método é geralmente bem tolerado. No entanto, não é recomendado para crianças com menos de 3 anos, mulheres grávidas ou em caso de cancro dependente de hormonas sem aconselhamento médico.

Botão de zimbro

O botão de z imbro é utilizado na pielonefrite crónica. Alternar com Calluna vulgarisactua na litíase renal cálcica (oxalítica). Alternar com Bérberis 3 vezes, actuará nas cólicas hepáticas recorrentes.

O zimbro, arbusto arbustivo originário da América, Ásia, África e Europa, atinge entre 4 e 15 metros de altura e desenvolve-se em solos pobres, arenosos e secos.

Ao longo da história, faz parte das lendas de muitas civilizações. Os Celtas e os Germanos consideravam-no uma árvore sagrada, capaz de afastar os maus espíritos e de proteger contra os roubos. Os ramos de zimbro eram pendurados por cima das portas das casas e dos estábulos para afastar as bruxarias.

Durante muito tempo, os hospitais franceses queimavam zimbro nas suas instalações para purificar o ar.

Em gemoterapia, o macerado de zimbro drena e desintoxica eficazmente o fígado e a vesícula biliar. É precioso para os fígados sobrecarregados, enfraquecidos ou que sofrem de esteatose, bem como nos casos de intoxicação medicamentosa. A sua utilização é particularmente recomendada após uma hospitalização sob anestesia ou durante tratamentos de quimioterapia.

O zimbro pode aliviar os pacientes que sofrem de hepatite crónica ou induzida por medicamentos, cirrose, tumores hepáticos, esteatose hepática, descompensação hepática ou iterícia. Ajuda a eliminar as varizes internas (esofágicas e gástricas) e a estagnação dos rins (cálculos renais).

Actua como desintoxicante geral, eliminando os resíduos orgânicos como a ureia e o ácido úrico. Também estimula os rins e tem uma ação diurética, o que a torna adequada para utilização em casos de litíase renal, pielonefrite e nefrite.

O zimbro pode também ajudar a regular a pressão portal e desempenhar um papel na diabetes, eliminando os açúcares do organismo, reduzindo o colesterol e combatendo a obesidade.

Alivia igualmente os doentes que sofrem de doenças articulares como a poliartrite, a osteomalácia, a colagenose e a artrite gotosa.

Gomo de noz

A no z é indicada para a supuração crónica das mucosas urológicas, dermatológicas e ginecológicas. É indicado para a pielonefrite crónica, a cistite crónica e a prostatite crónica.

O macerado de gema de noz é uma solução natural versátil, reconhecida pelas suas propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e anti-sépticas. Esta forma de gemoterapia oferece numerosos benefícios, nomeadamente a nível da prevenção, especialmente quando estão associados distúrbios digestivos ou desequilíbrios metabólicos.

Originária da Pérsia, a nogueira é conhecida pelo seu carácter exigente e solitário. As suas folhas contêm juglone, uma substância que inibe o crescimento de outras plantas nas proximidades. O macerado de gomos de nogueira actua como regenerador do aparelho digestivo, restabelecendo a flora intestinal e exercendo um efeito benéfico sobre o pâncreas e o baço. É particularmente indicado em casos de diarreia, acne e diabetes.

Em gemoterapia, a noz é utilizada para uma variedade de problemas, abrangendo as áreas cutânea, digestiva, metabólica, sanguínea, urogenital, imunitária, respiratória e osteoarticular.

Aconselha-se aos adultos e adolescentes a toma de 5 a 15 gotas por dia, diluídas num copo de água, repartidas por 1 a 3 tomas num período de 3 semanas. As crianças com mais de 3 anos podem tomar 1 gota por dia por cada 10 kg, aumentando gradualmente.

As principais propriedades do macerado de botões de nogueira são a sua ação reequilibrante intestinal, o seu poder depurativo do fígado, o seu efeito antiviral e imunoestimulante, a sua ação anti-inflamatória e o seu potencial hipoglicemiante.

Extractos vegetais normalizados (SPE)

Os extractos vegetais normalizados mantêm uma concentração constante de princípios activos, garantindo a sua eficácia nas diferentes aplicações terapêuticas. Esta normalização assegura um controlo rigoroso da qualidade e da potência dos produtos fitopreventivos. Os extractos vegetais normalizados da Phytoprévent são utilizados para tratar uma vasta gama de problemas de saúde, incluindo perturbações digestivas, problemas respiratórios, perturbações metabólicas, problemas de pele, problemas articulares e muitos outros. Representam uma abordagem natural para melhorar a saúde e o bem-estar, tirando partido das propriedades curativas das plantas. Antes de utilizar estes extractos, é aconselhável consultar um profissional de saúde para determinar a dosagem adequada e utilizar de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Arando

Bacteriostático e anti-adesivo, o ar ando é indicado para todos os tipos de infeção urinária. Os arandos possuem um certo número de propriedades farmacológicas que vão além da sua reputação na prevenção das infecções urinárias. Em primeiro lugar, são reconhecidos pela sua eficácia preventiva contra as infecções urinárias causadas pela E. coli. Estudos realizados mostraram que os arandos reduzem significativamente o risco de infecções do trato urinário, especialmente em mulheres saudáveis.

Os arandos têm também propriedades acidificantes, que ajudam a baixar o pH urinário, inibindo assim o crescimento das bactérias, nomeadamente da Escherichia coli. Inibe igualmente a adesão de certas bactérias, como a Escherichia coli, às paredes do trato urinário, graças às suas proantocianidinas de tipo A (PAC-A) e a outros compostos.

Os extractos de arando demonstraram ter efeitos anti-litíase, reduzindo o risco de litíase fosfocálcica, embora possam aumentar o risco de litíase por oxalato de cálcio. Os arandos possuem propriedades antibacterianas e antivirais, nomeadamente contra a Helicobacter pylori, a placa dentária e determinados vírus. É também rica em antioxidantes, ajudando a prevenir os danos causados pelos radicais livres.

Foram igualmente observadas actividades anti-inflamatórias e anticancerígenas in vitro, bem como uma influência positiva em determinados parâmetros sanguíneos, nomeadamente um aumento do HDL e uma redução do LDL oxidado. Contudo, são necessárias algumas precauções, nomeadamente em caso de hiperuricemia, de antecedentes de acidose úrica, de diabetes ou de potenciais interacções medicamentosas. Recomenda-se beber muita água aquando da toma de produtos à base de arando.

No que diz respeito à dosagem, os arandos estão disponíveis na forma seca (cápsulas, saquetas, cápsulas) ou na forma líquida (extrato fluido ou sumo fresco). As dosagens variam consoante a forma escolhida, mas é essencial seguir as recomendações para um tratamento eficaz das infecções do trato urinário.

A uva-ursina

A u va-ursina é um antissético urinário utilizado no tratamento das infecções das vias urinárias.

As folhas de uva-ursina possuem várias propriedades farmacológicas benéficas para a saúde. Em primeiro lugar, possuem propriedades anti-sépticas urinárias bem estabelecidas, devido à presença de arbutina, um potente desinfetante urinário que visa especificamente a Escherichia coli, o principal germe responsável pelas infecções urinárias. A arbutina é convertida em hidroquinona no trato urinário, o que lhe confere uma potente ação anti-séptica, nomeadamente num ambiente urinário alcalino.

As folhas de uva-ursina possuem igualmente propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, adstringentes e descongestionantes das vias urinárias. Estes benefícios são atribuídos à presença de iridóides e alantoína, que promovem a cicatrização e a regeneração da mucosa urinária.

A uva-ursina actua igualmente como diurético graças ao arbutosídeo, aos flavonóides e aos glucósidos fenólicos presentes nas suas folhas. Aumenta a eliminação renal de água, sódio e potássio, ajudando a eliminar o excesso de líquidos do organismo.

Quanto às propriedades vasculares, os taninos biliares da uva-ursina são úteis para prevenir a hematúria e melhorar a circulação sanguínea na mucosa da bexiga.

No entanto, devem ser tomadas precauções. É indispensável manter um pH urinário alcalino para ativar o efeito antissético da hidroquinona. Existem contra-indicações, nomeadamente para as mulheres grávidas ou a amamentar, as pessoas com cancro das vias urinárias e as pessoas com problemas renais. Podem ocorrer efeitos secundários como uma urina de cor verde-acastanhada.

As dosagens variam consoante a forma escolhida, sendo aconselhável não a tomar durante mais de uma semana ou mais de 5 vezes por ano sem aconselhamento médico, sobretudo no caso dos homens, para os quais a sua utilização não é tradicional. As interacções medicamentosas e as precauções de utilização devem igualmente ser tidas em conta quando se toma Bearberry.

Ortosifão

Diurético, colerético e anti-adesivo, o orthosiphon é geralmente utilizado para a eliminação intestinal e renal.

As folhas de Orthosiphon possuem um conjunto de propriedades farmacológicas notáveis. O Orthosiphon aumenta a diurese, favorece a eliminação dos iões sódio (Na+) e cloro (Cl-), reduz o ácido úrico na urina, preservando o potássio (K+). Estes efeitos são atribuídos aos flavonóides, como a sinesetina e a eupatorina, bem como aos derivados do ácido cafeico, como o ácido rosmarínico e o ácido cicórico. Estes compostos ajudam a eliminar os cálculos renais e a prevenir a formação de cristais de ácido úrico.

O ortossifão tem também propriedades nefroprotectoras, inibindo a ligação do TGF-β1 aos seus receptores, o que poderia ser benéfico no tratamento de doenças renais.

A nível hepatobiliar, o Orthosiphon estimula os hepatócitos e aumenta a secreção biliar (colerético), favorecendo assim a evacuação da bílis.

A nível metabólico, esta planta possui propriedades hipoglicemiantes por inibição das enzimas α-glucosidase e α-amilase, o que pode ser benéfico no tratamento da diabetes de tipo 2. Além disso, graças ao seu elevado teor em flavonóides, o Orthosiphon favorece a mobilização das gorduras das células, o que pode ser útil nas dietas de emagrecimento.

O Orthosiphon é igualmente ativo em termos de efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e anti-infecciosos. Inibe a produção de óxido nítrico (NO) e possui propriedades antioxidantes, que contribuem para reduzir a inflamação. Impede igualmente a aderência da bactéria Escherichia coli à superfície das células da bexiga, o que pode prevenir as infecções do trato urinário.

Orthosiphon exclui a sua utilização em casos de cólica renal e não recomenda a sua utilização em mulheres grávidas, crianças ou adolescentes. É necessária uma hidratação adequada durante o tratamento. Em caso de agravamento dos sintomas ou de febre, recomenda-se a consulta médica. Por fim, é importante ter em conta as interacções medicamentosas e as precauções específicas.

Meadowsweet

Diurético e anti-inflamatório, o meadowsweet é utilizado para tratar a retenção de líquidos.

As flores do Meadowsweet possuem várias propriedades farmacológicas, o que faz dele uma planta com múltiplos benefícios. Antes de mais, possui propriedades anti-inflamatórias e gastroprotectoras. Graças aos salicosídeos que contêm, actuam inibindo a ciclo-oxigenase, reduzindo assim a síntese das prostaglandinas e dos tromboxanos. Esta ação anti-inflamatória, analgésica e antiagregante plaquetária é semelhante à da aspirina, mas sem os efeitos indesejáveis desta última.

O Meadowsweet possui igualmente propriedades imunomoduladoras, inibindo a ação do complemento e a proliferação das células T, o que o torna útil no tratamento de doenças e infecções das vias respiratórias.

Destaca-se igualmente pelas suas propriedades anticoagulantes, graças a uma substância semelhante à heparina, bem como pelas suas propriedades adstringentes, vasoconstritoras e antidiarreicas. O Meadowsweet actua também como diurético, favorecendo a eliminação do sódio, do potássio e do ácido úrico.

Em termos antioxidantes, é muito ativo, ajudando a proteger as células contra os radicais livres. Possui também propriedades antibacterianas, nomeadamente contra o staphylococcus aureus e a E. coli.

No entanto, devem ser tomadas precauções em determinadas situações, nomeadamente alergia aos salicilatos, asma desencadeada pela aspirina, gravidez, aleitamento, síndroma de Reye em crianças com febre e quando co-administrada com outros medicamentos. Os efeitos secundários teóricos estão ligados à presença de ácido salicílico. O Meadowsweet também contém taninos que protegem as membranas mucosas e os vasos sanguíneos.

Equinácea

Imunoestimulante e anti-infecciosa(Escherichia coli), a equinácea é indicada para as infecções das vias urinárias. As raízes de equinácea, nomeadamente a Echinacea purpurea, a Echinacea angustifolia e a Echinacea pallida, possuem um conjunto de propriedades farmacológicas notáveis. Estas plantas medicinais têm a reputação de reforçar o sistema imunitário e de o defender contra as infecções. Possuem igualmente propriedades anti-inflamatórias benéficas para os problemas articulares. Ajudam igualmente a cicatrizar as feridas. Possuem propriedades antioxidantes que protegem as células dos danos oxidativos.

A raiz de equinácea estimula a imunidade. Reforça as defesas graças às alquilamidas e aos polissacáridos. Estudos in vivo demonstraram a sua eficácia contra a imunossupressão induzida pelo stress. Aumentam os esplenócitos e reforçam as células NK. A equinácea modifica igualmente os linfócitos T.

Têm também uma ação anti-infecciosa. Actuam contra os vírus, as bactérias e os fungos. A equinácea trata os problemas de pele e as infecções respiratórias, gastrointestinais e urogenitais. Também previnem as infecções.

Por último, estas raízes possuem propriedades anti-inflamatórias, ligadas a compostos como os polissacáridos e as alquilamidas. Actuam nos mecanismos inflamatórios vasculares e tecidulares, inibindo a peroxidação lipídica e protegendo contra o stress oxidativo.

No entanto, devem ser tomadas certas precauções na utilização da equinácea, nomeadamente na presença de doenças auto-imunes, de alergias às asteráceas, de perturbações hepáticas ou em caso de interação com outros medicamentos. A equinácea tem muitos benefícios. No entanto, a sua utilização deve ser cuidadosamente monitorizada para garantir a sua eficácia e segurança.

Erva-de-passarinho

Diurética e anti-séptica urinária, a pilosela é utilizada para a cistite e a eliminação dos rins. A erva-de-são-joão é uma planta medicinal com um conjunto de propriedades farmacológicas benéficas para a saúde. Está associada a efeitos diuréticos essenciais, hepatoprotectores e anti-inflamatórios.

A atividade renal da Hawkweed é notável. A Hawkweed ajuda a eliminar a ureia, o ácido úrico e os cloretos. Isto alivia a inflamação das vias urinárias. O seu elevado teor de inulina aumenta a pressão osmótica nos rins. Isto cria um efeito diurético.

Possui igualmente propriedades bacteriostáticas. Inibe o crescimento de bactérias como a Brucella e a Salmonella typhimurium. Também inclui Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Estes efeitos devem-se aos ácidos fenólicos, que são antibacterianos.

No que respeita ao sistema hepatodigestivo, a Hawkweed tem propriedades coleréticas, favorecendo a produção de bílis, e propriedades redutoras do colesterol. Tem também um efeito antiespasmódico no esfíncter de Oddi.

A Pilosella é igualmente benéfica para o sistema intestinal devido aos seus taninos adstringentes, que lhe conferem propriedades antidiarreicas e cicatrizantes intestinais.

Por fim, esta planta é rica em compostos polifenólicos que lhe conferem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antiproliferativas e cardioprotectoras. Tem sido associada à redução dos radicais livres e a potenciais efeitos anti-cancerígenos.

No entanto, devem ser tomadas precauções. Recomenda-se a consulta de um profissional de saúde antes de utilizar Pilosella, nomeadamente durante a gravidez ou o aleitamento. É igualmente importante manter uma hidratação adequada durante o tratamento e monitorizar os sintomas. O Piloselle não é adequado para pessoas que sofrem de retenção de líquidos devido a problemas renais ou cardíacos. Em caso de dúvida, ou de agravamento dos sintomas, deve ser consultado um médico.

Óleos essenciais

A aromaterapia utiliza óleos essenciais extraídos de plantas para melhorar a saúde e o bem-estar. Esta disciplina, criada em 1928 pelo perfumista e químico francês René-Maurice Gattefossé, combina a ciência das plantas com a química dos perfumes. Estes óleos, provenientes de diferentes partes das plantas, como as folhas, as flores e as raízes, oferecem benefícios fisiológicos e psicológicos. A aromaterapia é utilizada para tratar uma série de doenças, desde a ansiedade até aos problemas de pele e respiratórios. Adopta uma abordagem holística da saúde. Tem em conta o bem-estar do corpo e da mente no processo de cura.

Óleo essencial de bagas de zimbro comum

O óleo essencial dezimbro é indicado para a litíase e a pielonefrite. Aplicar óleo de cravinho diluído a 30% num óleo vegetal e massajar a parte inferior do abdómen e os rins, 2 vezes por dia durante 7 dias.

O óleo essencial de bagas de zimbro possui uma série de propriedades farmacológicas benéficas. Em primeiro lugar, demonstra uma atividade antimicrobiana in vitro contra várias bactérias e vírus, incluindo Staphylococcus aureus, Escherichia coli, o vírus do herpes HSV-1, entre outros. Possui igualmente propriedades antifúngicas contra a Candida albicans e os dermatófitos.

O óleo essencial de zimbro também é diurético, promovendo a excreção urinária normal. É, por isso, útil nas perturbações urinárias benignas. Estimula a cólera e reduz a formação de cálculos biliares. Tem um efeito benéfico sobre o fígado e o pâncreas. No plano respiratório, possui propriedades expectorantes e venotónicas. Protege igualmente o filtro renal e é benéfico para os rins.

Outras propriedades notáveis incluem :

  • o seu efeito tónico cerebral,
  • a sua ação anti-asthenic
  • o seu papel antirreumático
  • a sua capacidade linfotónica,
  • a sua ação antiespasmódica,
  • a sua inibição da glicação das proteínas,
  • a atividade antioxidante,
  • e pelas suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas tópicas.

No entanto, devem ser tomadas algumas precauções aquando da utilização do óleo essencial de zimbro. Não é recomendado a mulheres grávidas ou a amamentar, nem a crianças com menos de 8 anos. A utilização tópica demasiado concentrada pode causar irritação cutânea. Não deve ser inalado, difundido ou adicionado à água do banho. Além disso, não deve ser utilizado em combinação com cortisona, pois existe um risco de interação medicamentosa. É contraindicado para quem sofre de asma. Não é recomendado em caso de menstruação abundante. Por último, a utilização prolongada pode provocar albuminúria. Para a utilizar como diurético, é necessário beber pelo menos dois litros de água por dia. As autoridades sanitárias reconhecem algumas das suas utilizações tradicionais. Entre elas, a utilização como tratamento diurético complementar das infecções das vias urinárias e para aliviar as perturbações digestivas.

Óleo essencial de casca de canela do Ceilão

Anti-infecioso urinário, o óleo essencial de casca de canela doCeilão é indicado para as infecções urinárias graves.

O óleo essencial de casca de canela do Ceilão possui um vasto leque de propriedades farmacológicas benéficas. Em primeiro lugar, possui uma forte atividade antibacteriana, abrangendo um amplo espetro de bactérias, incluindo estafilococos, bacilos, enterobactérias, pseudomonas, Helicobacter pylori e Salmonella typhii. É também antifúngico, actuando contra a Candida albicans, mesmo quando a Candida spp. é resistente ao fluconazol. Actua igualmente contra o Aspergillus e o Trichosporon ovoides, implicados nas micoses do couro cabeludo. Tem também uma ação específica contra os fungos que afectam o aparelho digestivo e urinário, actuando como anti-colibacilar. Inibe igualmente o crescimento da Helicobacter pylori, uma bactéria associada às úlceras gástricas.

O óleo essencial de canela do Ceilão possui igualmente propriedades antiparasitárias, insecticidas e repelentes, eficazes contra os piolhos e as lêndeas. No entanto, não deve ser utilizado diretamente sobre a pele, pois é cáustico.

Ajuda a reduzir o excesso de fermentação intestinal, estimulando o trato gastrointestinal, aliviando a flatulência e a obstipação.

É também conhecida pelas suas propriedades tónicas, afrodisíacas, eufóricas, estimulantes e de fortalecimento muscular. Tem também efeitos anti-inflamatórios e anticoagulantes ligeiros, e pode atuar como sedativo do sistema nervoso central.

No entanto, devem ser tomadas precauções aquando da utilização do óleo essencial de canela do Ceilão. Não é recomendado para crianças com menos de 12 anos, nem para mulheres grávidas ou a amamentar. Não deve ser combinado com cortisona devido ao risco de interação medicamentosa. Também pode causar arritmias. Este óleo essencial deve ser diluído antes de ser utilizado, pois é dermatotóxico no seu estado puro. Finalmente, a sua utilização em animais deve ser evitada.

Novos conhecimentos científicos

Por fim, é crucial olhar para os recentes avanços científicos que lançam uma nova luz sobre esta condição. Um importante estudo publicado na revista Nature Reviews Nephrology oferece novos conhecimentos sobre os mecanismos desta doença.

A investigação, intitulada“Uropathogen and host responses in pyelonephritis“, centra-se nas interacções complexas entre as bactérias uropatogénicas, principalmente a Escherichia coli, e as respostas imunitárias do organismo. Os resultados deste estudo esclarecem a forma como estas bactérias conseguem infetar o trato urinário. Provocam uma inflamação que conduz à pielonefrite. Em segundo lugar, revelam que a resposta do sistema imunitário do hospedeiro desempenha um papel crucial na progressão da doença. Este facto pode ter implicações significativas para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.

Ao compreender melhor estas interacções entre o hospedeiro e o agente patogénico, os investigadores esperam desenvolver estratégias de tratamento mais específicas e eficazes. Estas estratégias podem incluir formas de reforçar as respostas imunitárias naturais ou de atacar especificamente as bactérias uropatogénicas para evitar a sua propagação e virulência.

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